sábado, 31 de julho de 2010

Museus, igrejas, pontos turísticos


Essa semana foi uma loucura que quase não consegui sentar em frente ao meu notebook. Tudo porque ao morar em uma residência, é impossível ficar parado. Toda hora termino saindo. Resultado: não coloquei tudo que acabei vendo, conhecendo. Vou tentar resumir nesses dias, destacando o principal e o que achei mais interessante.

Para começar, as visitas no início dessa semana para vários pontos turísticos do centro de Santiago. Inclusive essa é a região que mais explorei desde que cheguei, não indo ainda para as localidades mais distantes.
Camera dos Deputados
Camera dos Deputados

Tribunales de Justicia
Frente dos Tribunales de Justicia

Domingo foi dia de visitar vários locais com meu vizinho de andar, como os Tribunales de Justicia, além de alguns museus. Os que não são particulares podem ser visitados gratuitamente aos domingos. Então aproveitamos e visitamos dois: Museu de Bellas Artes e Museu Histórico Nacional. Tentamos ir também na Casa Colorada, onde fica o Museu De Santiago, mas descobrimos que continua fechada em reforma por conta do terremoto que aconteceu aqui no inicio do ano.

Casa Colorada
Alias, foi nessa visita que percebi mais os vestígios do terremoto pela cidade. Onde estou foi onde reparei mais casas em reforma ainda, mas também porque é uma parte antiga de Santiago. Mas no centro a primeira vista tudo parece estar normal, só um ou outro prédio local ainda em obras. O Museu Pré Colombiano é um dos que ainda está em reforma em parte, então deixei para visita-lo no final do ano, até porque como ele é particular, é preciso pagar 3 mil pesos para visita-lo.


Interior do Museu Histórico Nacional
O Museu Histórico Nacional não vi muitos problemas, mas no Bellas Artes logo na fachada é possível ver o estrago causado pelo terremoto. Tanto que para se visita-lo, é preciso entrar pelo outro lado. E foi ali que vi as exposições que mais gostei, como a fotografia de René Combeau, que registrou grandes momentos do teatro chileno. Quem gosta de fotografia, vale a pena pesquisar a obra dele que é muito interessante, além de ter registros magníficos.

A entrada do Museu Bellas Artes danificada pelo terremoto
Continuo o meu passeio pelos pontos turisticos no próximo post. Termino este com alguns dos monumentos que se encontra pelas avenidas daqui e os pombos da Plaza de Armas. Alias, pombos é que não faltam por aqui, que se encontram aos montes em vários pontos do mêtro e do centro.

Detalhe de uma da fonte da Plaza de Armas
Os malditos pombos - tenso

domingo, 25 de julho de 2010

Onde algumas tribos se encontram


Esses dias andei fazendo muitas coisas e vai ser complicado colocar tudo em um único post, então vamos por partes.

Uma das primeiras coisas que quis comprar aqui em Santiago eu consegui:


Para quem não conhece, é o show de Vamps, banda do também vocalista do L'arc~en~ciel, hyde. Queria conseguir o ingresso para área mais próxima do palco, mas como os ingressos já estão sendo vendidos desde maio, essa área já está esgotada... Então me restou comprar o setor mais longe. Bem, já ver hyde será grande coisa para mim hahaha

Porém o que me surpreendeu ao ir comprar o ingresso foi o local onde ficava a loja. Fica em um edifício no centro chamado Eurocentro, que inclusive já tinha passado em frente, só que não achei nada demais. Até entrar dentro dele...

Loja onde comprei o ingresso e que também vende CDs asiáticos

O local concentra uma variedade de lojas das mais diferentes tribos. Há muitas lojas de games, de estilo rapper, de metaleiros, de emos ou sei lá que gênero de rock, cabeleiros especificos para aqueles que querem fazer um corte diferente parecido com a de sua tribo, locais para se fazer tatuagens, além, é claro, várias lojinhas com coisas otakus e de comics. E inclusive essas diversas tribos utilizam o local como ponto de encontro pelo que pude reparar, já que encontrei grupos diversos e muitos casais de tudo que estilo pelos andares.

Uma das lojas de produtos de anime e mangá

E sorte minha que já não sou assim viciada em animação japonesa, porque se fosse anos atrás, já teria torrado boa parte de minha grana só nessas lojas com bonecos e trecos de diversas séries. Por sinal, beeeeeeem mais baratas do que as vendidas nessas barraquinhas de eventos que pude ver no Brasil. Já os CDs de J-pop e K-pop estão na mesma faixa das lojas que compro, as vezes incluindo o frete. Não achei muito vantajoso não... E só os bonecos de comics que fiquei sem ideia nenhuma de quanto são, porque nas lojas não há preços nas embalagens.

Um dos corredores do prédio

Falando em eventos, essas diferentes tribos organizam mil eventos todos os meses. Prestei mais atenção para os de anime e mangás por motivos óbvios. Só nesses dias, já localizei três eventos. Não sei se irei para algum desses ou se espero ter um maior, estilo o Anime Friends no Brasil. Bem, pesquisarei mais sobre eles e tentarei me informar para quando tiver sempre novos eventos por aqui.

Outra loja com coisas otakus

Agora uma coisa que não achei nem nesse prédio nem andando pelo centro foi mangás. Minto, vi pouquissímos em uma lan house, em um canto, e só. Alias, livrarias é outra coisa que não vi muitas por aqui também. Creio que pode ser os locais por onde andei, não sei.

Nesse mesmo dia de descoberta otaka, passei por outra parte da Av. Libertador Bernardo O'Higgins e vi muitas praças que quero ver com mais calma da próxima vez, além do Palácio da Moneda. Este também só passei em frente, porém em breve o explorarei melhor.

Palácio da Moneda
Para o post não ficar ainda maior, deixo para depois meus passeios em dois museus, para um bar noturno, etc, etc :)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Explorando o Centro

Ontem acabei me juntando com algumas pessoas da residência e fui até o centro, onde se concentra vários pontos turísticos também. Já fui me familiarizando com o mêtro, que é muito similar ao de São Paulo. Mas para alguém como eu, que é de uma cidade em que esse meio de transporte é promessa há mais de 10 anos, ainda fico meio perdida na hora de ver as estações que tenho que pegar. Pelo menos já ter ido ao de SP já me ajuda a ter menos traumas com ele. haha

Estação de metro perto da residência

Agora já me avisaram para ficar ligada ao andar pelo mêtro, porque o pessoal rouba em altas. Nada de apontar arma, faca para você não. Os caras roubam na surdina, abrem sua bolsa/mochila e leva suas coisas sem você reparar. Soube de gente que teve câmeras e documentos roubados assim. Tenso.



Semelhante ao local onde estou morando, o centro reúne muitos prédios antigos, lindos por sinal, além de ruas e avenidas espaçosas. Claro que há prédios recentes, mas tem várias empresas que parecem que mantem a fachada original do prédio que ocupam. Além disso, algo que logo se nota é a quantidade enorme de gente dos países vizinhos vendendo muambas nas ruas. É muito peruano, colombiano, equatoriano, venezuelano com suas barraquinhas de luvas, cachecóis, gorras e afins; ou de doces. Há também diversas lojinhas com produtos típicos desses países, desde roupas até artesanato local.

Plaza de Armas - reparem quantas pessoas vendendo quadros, fazendo caricaturas...

E tive a sensação que a imigração deles para o Chile é grande quando fui me registrar hoje para conseguir meu RG de estudante daqui. É muita gente dos países vizinhos procurando residência no Chile. Até vi matérias nas revistas lá na residência falando que muita gente foge dos problemas que rolam nos países próximos para vir ao Chile, que oferece mais oportunidade para uma vida mais tranquila, com melhor estudo e tal.

Plaza de Armas

Plaza de Armas, again

Nessa região do centro encontrei até coisas melhores para comer, desde restaurantes de comidas diversas, como árabe, até várias lojas clássicas que você encontra em vários locais do mundo, caso do Burger King, Mc Donald's e Dunkin' Donuts. Este último inclusive foi meu local de almoço hoje, já que na hora que saí do registro, muitos restaurantes não estavam mais funcionando. Além de donuts que engordam só de olhar, há uns wraps deliciosos ali. E fiquei curiosa para provar umas bebidas geladas que tem lá, mas com os 4ºC mais ou menos que peguei no centro, não tive coragem de tomar nada muito gelado.

Alias, mesmo com o frio, a galera toma sorvete pra caramba. Encontrei muitas sorveterias cheias e o pessoal na rua com picolés e casquinhas. Eu ainda não tive essa coragem hahahaha

De resto, além de passear pelas ruas, fiz mais umas comprinhas. Não tem como resistir as liquidações, sem contar que com quantidade de roupa de frio que tenho não dá pra sobreviver não.

E por enquanto, vou estudando nos jornais e revistas daqui outros locais para visitar no país no decorrer do ano. Nessa época não estou animada, até porque no sul está tendo muita nevasca, e para esquiar quero ir de galera, ou pelo menos conhecer a neve com um pessoal. Bem, tenho agosto todo para isso.

Mais uma outra vista do Andes de minha janela

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Passeando pelas redondezas

Cheguei tão tarde que nem pensei muito em arrumar minhas coisas e no frio. Mesmo ao dormir e encarar as cobertas geladas, tava tão cansada que o tempo nem me incomodou. Até outro dia de manhã, quando também caiu a ficha que não estava mais em casa e que aqui seria minha morada por longos seis meses. A tristeza e a sensação de estar perdida e não saber o que fazer bateram. Precisava trocar dinheiro, fazer compras...

Resolvi explorar as redondezas mesmo, me situar, ver o que tinha por aqui. Nisso reparei que preciso melhorar MUITO meu espanhol em conversação. Entendo tudo que me falam praticamente, mas na hora de falar, me dá um branco ridículo. Mas fome não passo. (pelo menos)

Biblioteca próxima de onde estou hospedada

Conheci pequenos locais onde tomei café fui andando até parar na Avenida Libertador Bernardo O'Higgins, próximo da Estación Central. Essa região é a parte antiga de Santiago, inclusive onde estou hospedada, lembrando o nosso Centro Histórico de Salvador, a região da Avenida Sete e adjacências. Na avenida, muitas lojas e galerias parecidas com as da 25 de março de São Paulo, com muita coisa barata, principalmente porque tudo está em liquidação de inverno aqui.

Av. Libertador Bernardo O'Higgins

Para terem noção de como as roupa e os calçados são baratos aqui, há luvas boas entre 2 e 3 reais, botas de 23 até uns 70 e 80 (e essas mais caras são aquelas que pagamos no minimo 300 reais mais ou menos no Brasil) e casacos que variam entre tamanho, estilo, etc, e vão de 13 reais (um que comprei até, bem confortável e que esquenta muito) até 90 (como as botas, as nesse valor são as mais “chiques”). Mesmo com pouco dinheiro, dá para comprar muita roupa que ajudam a suportar o frio daqui. E agasalhado com luva, cachecol, algumas blusas e casacos, dá pra encarar o vento gelado. E andando, nem senti tanto quanto imaginei.

Uma das várias praças que tem por aqui

Já a comida daqui que a primeira vista não simpatizei muito. Em tudo que é lugar você vai encontrar frango com batatas, seja frita ou assada. Essa ainda é até meio saborosa a depender do local. Mas outras tem uma cara estranha e não tive coragem de encarar ainda. Além disso, há muitos pratos que levam alguma coisa com abacate (inclusive o similar de Mc Chicken aqui tem uma espécie de molho de abacate). Mas das empanadas eu gostei, e lembram nosso pastel de forno e são bastante saborosas. Só alguns sabores que me disseram aqui que é mais forte.

E foi pela tarde, quando procurei um supermercado pra ver umas comidas e coisas que estava precisando, que me bati com o primeiro brasileiro aqui. Depois de encarar uma chuva no caminho de volta, conversar com um guarda municipal (um dos momentos que vi que preciso melhorar muito meu espanhol – mas pelo menos soube de uma curiosidades, como ter muitos jornalistas celebridades [o guarda mesmo já foi fotografo em um jornal], mas sem formação e muitos médicos dos países vizinhos [Peru, Bolívia...] que aceitam salário menor e ocupam o lugar dos chilenos), encontrei mais brasileiros. Inclusive foram com eles que descobri as empanadas.

Hoje já andei por outros locais mais distantes, mas continuo depois :) Por fim, fiquem com a vista de meu quarto. Ao longe, no meio do céu nublado, reparem nas montanhas com neve: são os Andes.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Enfim, a viagem

Planejei iniciar esse blog ontem, logo quando chegasse ao Chile, mas devido a várias adversidades só pude hoje. Na verdade, a intenção era iniciar logo quando eu começasse o processo burocrático de me inscrever no intercâmbio, mas o tempo não permitiu. Quem sabe ainda não faço um post sobre isso. Mas vamos enfim ao dia de partida.

Antes da noite da véspera de viagem, ainda não tinha caído a ficha que estaria prestes a passar o maior tempo longe do Brasil desde que nasci. Porém parece que inconscientemente no último dia que dormi em casa no ano dormi mal. E ansiedade continuou quando levantei e verificava se tava tudo em ordem, se esquecia. Claro que esqueci coisas, mas irrelevantes diante da preocupação de não ultrapassar o peso máximo permitido pela companhia aérea.

Isso foi inclusive um dos meus principais traumas nos últimos dias antes da viagem. Muitas companhias só permitem até 23kg, inclusive para viagens internacionais. Para alguém como eu que planejava levar muita coisa, até para economizar e gastar em outras coisas (#pobrefeelings), essa notícia foi um balde de água fria. Ainda mais que pensava em trazer não somente a maioria das roupas para o tempo que ia ficar, mas bijuteria, produtos de beleza, etc, etc.

Deixei muita coisa para evitar pagar muito excesso, mas tentei compensar colocando o máximo de coisas na bagagem de mão. Um erro que descobri ao decorrer do dia. Isso porque imaginei que tudo aconteceria no tempo certo e chegaria no final da tarde no Chile. Além de ter que caminhar bastante entre saguões, filas, etc, não esperava que teria que ficar muito tempo com as bagagens para fazer a conexão. Assim, chega um momento que você fica tão cansada carregando tudo, que nem tem forças pra explorar coisas como o free shop.

Essa foi uma das coisas que fiquei triste por não ter visto tão bem quanto queria. Mas também nem queria comprar muita coisa. Primeiro, porque já tava carregada de coisas e não teria forças pra mais ter nenhuma grama a mais a tiracolo. Segundo, porque poderia achar bem mais barato no Chile. Na dúvida, pouco olhei não só por não aguentar carregar minhas coisas pra cima e pra baixo, como também por esse último motivo.
Para terem noção de quanto atrasou minha conexão em São Paulo, eu era para ter chegado aqui nem 19h do horário local. Acabei só chegando mais de 22h. Corri tanto para passar pelo embarque internacional, inclusive jogando fora meu creme hidratante que acabou indo na bolsa por engano (para quem não sabe, não pode carregar nada de embalagem com líquido com mais de 100ml, e somente dez frascos. Caso contrário, lixo) e sem levar ao check-in para colocar na mala, porém para nada. Já que terminei mofando no saguão de espera para o embarque.

Alias, que confusão é o embarque internacional. Uma por uma as pessoas tem que passar pela polícia federal, ver passaporte e ticket, o que termina por embolar e causar filas e filas de espera para ser atendido. E não tem divisão para os diversos voos, horários de embarque não. Os descuidados que estão perto de embarcar muitas vezes acabam perdendo o voo, porque avião não espera passageiro. O sujeito fica preso na fila quilométrica da polícia (que tem poucos guichês funcionando – pelo menos na hora que fui, no inicio da tarde), passa e quando chega no portão de embarque, o avião já foi. No momento que mofei, vi vários casos assim, com direito a escândalos de pessoas com a empresa aérea. Mas diante disso, o jeito é entrar BEM ANTES do horário. E quando falo antes, é mais de 1h antes de embarcar. Falo isso porque se meu voo tivesse no horário certo, teria quase perdido, porque saí bem no horário limite de entrar no avião. E entrei bem 1h antes do momento indicado no ticket.

Como disse um cara na minha fila, imagina quando for a época da Copa em 2014...

No mais, foi duas viagens tranquilas, especialmente a da LAN, que mesmo morrendo de sono e cansada, aproveitei para ver os filmes Fúrias de Titãs e Uma Noite Fora de Série dublado em espanhol. Não pude ver direito Santiago nem quando estava chegando, nem no caminho para a residência, por estar morta de cansaço e estar tudo escuro.

Entretanto hoje já pude ver muita coisa, inclusive realmente sentir o frio que foi de 10ºC a 3ºC nesta terça. Mas sobre isso escrevo em breve.